caminho para a felicidade!

Parte 5

 Durante uma semana, não estive mais com eles. Não os encontrava no bairro, e como não sabia onde eles moravam, não podia fazer nada para os encontrar. Estive uma semana com os meus irmãos, fomos à praia, e às piscinas, enquanto os meus pais andavam todos atarefados por causa da empresa.

 Decidi dizer aos meus irmãos que íamos à praia, e que íamos passar o dia fora de casa, portanto deviam  preparar-se. Mandei mensagem à minha mãe a avisá-la: «Mãe, eu e os manos vamos passar o dia na praia, e almoçamos fora, não contem connosco, beijinhos. Amo-te».

 Chegámos, e estava um tempo espectacular, um calor que só apetecia estar metida na água. Pus-me em biquíni, e fui dar um mergulho, enquanto os meus irmãos se deitavam nas toalhas. Comecei a nadar descontraidamente, até que vejo uma mota de água parar à minha beira, e pergunta-me: Sobes? 

 Era o Diogo a convidar-me para ir andar de mota de água com ele. Abanei com a cabeça afirmativamente, e ele ajudou-me a subir, deu-me um colete que tinha e começámos a andar. Acenei aos meus irmãos, e eles entenderam que eu ia dar uma volta. 

 Levou-me até uma praia deserta, muito bonita. Sentámo-nos na areia e um silêncio estranho instalou-se entre nós. Decidi acabar com aquilo...

 Inês: Não soube nada de vocês durante uma semana...

 Diogo: (não tirando os olhos do mar) Nós não estivemos cá... tivemos que ir para casa de uma tia, porque os nossos pais foram ao funeral de uma amiga.

 Inês: Por momentos pensei que já se tinham esquecido de mim, e do favor que me iam fazer... (dando uma pequena gargalhada, e olhando para ele).

 Ele parecia estranho, não que o conhecesse há muito tempo, mas dava para perceber que não estava com o mesmo estado de espírito do primeiro dia que o vi.

 Diogo: (olhando pela 1ª vez para mim) É mesmo esse o problema...

 Inês: Mostrar-me Lagos?

 Diogo: Não. (olha outra vez para o mar), esquecer-me de ti...

 Fiquei sem palavras. Não percebi o que tinha querido dizer com aquilo, limitei-me a tentar animá-lo, e comei a atirar-lhe água. 

 Inês: Anima-te, Diogo. 

 Levantei-me, e fui para a água para conseguir molhá-lo. 

 Diogo: Estás-me a desafiar, é?

 Pusémo-nos a correr na areia, só que para tentar fugir dele era difícil e cansativo, por causa da areia molhada. Deixei-me cair, e ele caiu por cima, entre gargalhadas. Entreolhámo-nos e os nossos lábios tocaram-se, delicadamente.

(continua,

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