Como era de prever, a minha mãe ficou toda entusiasmada, e queria que voltasse a casa para preparar uma mochila, porque dizia ela que “parece mal chegares lá, onde não conheces ninguém, para passares um fim-de-semana, sem uma muda de roupa sequer”, mesmo dizendo-lhe que a Mafalda me emprestava, ela insistia.
Depois de conseguir, por fim, convencê-la, fomos até à estação de comboios para comprarmos os bilhetes, pois não tínhamos outra forma de ir para a quinta do avô do Diogo.
A viagem foi bastante agradável, não que tivesse sido muito, apenas duas horas. Conversámos bastante, sorriamos, estávamos divertidos, e entendíamo-nos perfeitamente.
Diogo: (enquanto tirava o telemóvel do bolso) Vou mandar mensagem ao meu avô para nos vir buscar.
Inês: Estamos a chegar?
Diogo: (começando a escrever a mensagem) Sim, saímos daqui a duas paragens.
Quando saímos, o Diogo acenou para um homem, que aparentava ter uns 50 anos, não muito velho, e parecia estar em muito boa forma. Aproximou-se de nós e sorriu.
Avô do Diogo: Olá, meninos. Não sabia que ias trazer uma amiga, a tua mãe não me avisou.
Diogo: Eu sei, avô. Convidei a Nês à última da hora, e nem deu tempo para avisar a mãe. Não há problemas, pois não?
Avô do Diogo: Claro que não. Espero que gostes de aqui estar, e que voltes sempre que quiseres, Nês. Desculpa, não me apresentei, sou o Samuel, o avô do Diogo.
Inês: Tenho a certeza que vou adorar, Sr. Samuel.
Fomos para a carrinha, sentei-me no banco de trás, apesar do Diogo ter insistido para que fosse à frente, mas achei por bem, que fosse ele, porque de certeza que iriam estar a falar durante o caminho, e era mais fácil se ele fosse ao lado do avô.
Chegámos a um grande portão, que quando se abriu, deu lugar a um grande, bonito e elegante jardim, cheio de cor e cheirava realmente a Verão. Estávamos realmente animados com a conversa, que era sobre música, e o avô do Diogo parecia perceber muito sobre isso.
Estacionou em frente a uma grande vivenda, e dela saiu Mafalda, acompanhada de por uma senhora, igualmente bem apresentada, com os seus 50 anos, bonita e elegante, devia ser, claro, a avó.
Mafalda: Nês, não sabia que vinhas. (deu-me dois beijinhos, seguido de um abraço)
Inês: O teu querido maninho convidou-me, e achei que me ia divertir muito. Olá, sou a Inês. (cumprimentei a senhora)
Avó do Diogo: Olá, minha querida. Eu sou a Margarida, a avó do Diogo. Espero que gostes disto aqui, e que te divirtas tanto como os meus netos.
Mafalda: Anda, Nês. Vou-te mostrar os cantos da casa, e o quarto onde vais ficar.
A cada era muito grande mesmo, não se comparava à minha, nem no Porto, nem em Lagos. A quinta tinha umas dimensões enormes, e sentia-me bem, ali na companhia dos meus novos amigos, e dos avós super simpáticos deles.
Diogo: Meninas, venham almoçar.
Sentámo-nos numa mesa, e serviram o almoço. Era empadão de atum e cheirava optimamente bem.
Dona Margarida: Então, minha querida, tu mudaste-te para Lagos quando?
Inês: Há uma semana. Os meus pais estão a criar uma empresa, e assim é mais fácil para eles, não gastam tanto dinheiro com viagens.
Sr. Samuel: Fizeram bem. Vais gostar daquilo. É diferente do Porto, e não estou a falar apenas do sotaque. (disse-o, fazendo-os darem todos uma gargalhada)
Inês: Nota-se assim tanto?
Já me estava a sentir envergonhada, e um problema que tinha era que ficava vermelha que nem um tomate, com o mais pequenino embaraço.
Diogo: Não fiques envergonhada, Nês. Não se nota muito, só um bocadinho. O normal, mas também é natural que o tenhas, és do Porto.
Mafalda: Avô, acha que dá para depois de jantar irmos à feira que está montada na praia? Tenho a certeza que a Nês ia adorar, é muito a nossa onda, avô. E Nem é muito longe daqui de casa, podemos ir perfeitamente a pé.
Diogo: Boa ideia, Mafalda. Gostavas de ir, Nês?
Inês: Sim, acho que era uma óptima ideia, isto é, se os vossos avós não se importarem.
Sr. Samuel: Claro que não, ide lá divertir-se. Não cheguem é muito tarde, porque sabem que vos chamamos para almoçar.
Diogo e Mafalda: Obrigada, avô.
Acabámos de jantar, e fomo-nos arranjar para irmos à feira. Saímos rapidamente, mas antes despedimo-nos dos avós deles, porque sabíamos que quando chegássemos, eles não iam, de certeza, estar acordados. Será que podia correr ainda melhor o final do dia?

9 comentários:
Adoro ler esta história *.*
gostei :D continuaaa
para dizer a verdade fiwipa já continuei a história numa folha de papel numa aula de substituição, mas acreditas que não encontro a porra da folha? devo ter deixado no cacifo...
but, whatever, na segunda vou lá procurar e escrevo na escola :)
beijinhos, ainda bem que estás a gostar :D
adoro, beijinhos
estou a gostar, continua!
vou procurar xD
cada vez adoro mais esta história :)
Obrigada :)
Gostei :)
Quero ler a continuação :c
Enviar um comentário