caminho para a felicidade!

obrigada, princesa! obrigada por me teres trazido de volta a inspiração! (princesa winda margarida- sonhar*)
Parte 10

 

  No caminho para a feira, eu e o Diogo íamos trocando olhares, olhares sinceros, um tanto apaixonados, e houve uma altura em que os nossos dedos se entrelaçaram, e eu senti aquelas borboletas na barriga, que me fizeram quebrar o silêncio que permanecia entre os três.

  Inês – Os vossos avós são mesmo muito simpáticos.

  Mafalda – São, nós adoramos vir aqui nas férias de Verão… Passamos sempre bons tempos aqui com eles, e fazemos-lhes companhia, porque no resto do ano, a maior parte do tempo estão sozinhos.

  Inês – E porque é que os vossos pais não ficam também?

  Não responderam, e achei que deveria ser um assunto que eles não queriam abrir-se, portanto decidi calar-me até chegarmos à feira.

  Mafalda – Importam-se que vá ter com o Miguel? Ele convidou-me para ir dar uma volta na roda gigante, e apesar de ser cromo, foi simpático da parte dele.

  Inês e Diogo – Não!

  Ela seguiu por entre a multidão, afastando-se à medida que caminhava. Nós mantivemo-nos parados, no mesmo sítio. Não estava com muita disposição para andar nas diversões, mas se o Diogo quisesse, não iria dizer que não.

  Diogo – Fazes questão de ir às diversões, Nês?

  Inês – Se queres que seja sincera… nem por isso…

  Diogo – Então, anda comigo…

  Fomos na direcção da praia, e sentámo-nos na areia. Ouvia-se a confusão de vozes vindas da feira, mas ouvia-se o suficiente do som do mar, para me tranquilizar e descontrair.

  Diogo – Ainda bem que aqui estás comigo…

  Inês – Porque razão não estaria? Sempre que estou contigo sinto-me mais que bem, Diogo.

  Diogo – Não em interpretes mal, mas sinto que não sei praticamente nada sobre ti… Sim, sei os motivos pelos quais vieste para Lagos, mas quando falo em não saber, refiro-me a ti, à tua pessoa… (olha para mim) aos teus gostos, aos teus pensamentos, a tudo o que te envolve. Preciso de te conhecer por dentro, Inês.

  Inês – Vais ter que descobrir por ti próprio… Não gosto de falar de mim, Diogo.

  Diogo – Diz-me apenas uma coisa que gostes, e outra que não gostes, de todo.

  Inês – Adoro… escrever e … (fiz uma pausa) – a outra coisa, ele teria de a descobrir – e como já te disse, não gosto de falar de mim.

  Ele deu uma pequena gargalhada, criando uma covinha perfeita e fofinha na bochecha esquerda, e continuou…

  Diogo – Escrever? O que escreves?

  Inês – (deitei-me na areia) Pensamentos que vagueiam na minha cabeça… Coisas que só eu as compreendo e entendo.

  Diogo – Como sabes que só tu as entendes? Alguma vez as contaste a alguém?

  Inês – Não é preciso. São coisas demasiado perspicazes e invulgares, quase impossíveis de mais alguém conseguir desvendar. Não entendes, tal como todos os outros…

  Deita-se, e encosta-se para perto de mim, fazendo com que os nossos corpos se tocassem.

  Diogo – Não vou contrariar-te, de certo sabes do que falas. Mas, também não deves ter essa ideia tão assente na tua cabeça, até porque, eu sou diferente de todos os outros, eu posso ser capaz de te perceber, aliás, eu quero perceber-te.

  Inês – Como? (virei-me para ele) Se nunca ninguém conseguiu fazê-lo? Apenas a…

  Diogo – Eu não sou ninguém, Inês.

  Voltou-se para mim, e inclinou-se. Afastou-me o cabelo, e segurando-me delicadamente no pescoço, beijou-me, e eu retribui-lhe o beijo. Foi algo sincero, como se não estivesse programado, mas que fosse isso que o tinha tornado tão perfeito. Fez-me sentir segura de mim mesma, e com tudo isto que me passava pela mente, ainda ficava com mais vontade de o beijar, e de lhe tocar.

  Ele era perfeito, e talvez demais para mim, mas… fazia-me bem.

 (desculpem a demora, a inspiração foi realmente pouquíssima. 

continuo ? estão realmente a gostar? )