«Desculpa, mas só li a tua mensagem agora, Diogo. E antes de te responder tiver de ler e voltar a ler vezes sem conta a tua mensagem, que me deixou sem saber o que pensar, sentir e dizer. Não te quero magoar, e antes de mais não quero ser magoada. Há coisas que devias saber sobre a minha vida, e que estou disposta a contar-te. Precisamos mesmo de falar, e há coisas que não podem ser ditas por mensagem. Amanhã, vem ter comigo ao jardim da 4ª rua, por volta das 10h. Beijo, Nês.».
Enviei a mensagem, e respirei fundo. Estava tranquila, apesar de ainda não ter a certeza do que lhe ia dizer ao certo. Achei que deveria pensar nisso, mas logo depois me arrependi, porque achei que no momento as palavras me sairiam sem problemas, como sempre.
O João chegou cedo, antes de os nossos pais voltarem. Jantámos, e eu fui para o meu quarto dormir, porque estava exausta e super cansada. Deitei-me, mas antes pus o despertador, porque não me queria atrasar amanhã, e adormeci.
Acordei eram 10h, fui tomar um banho rápido, e vesti-me. Dirigi-me à cozinha para preparar o meu pequeno-almoço, ainda estavam todos a dormir.
Cheguei ao jardim, e lá estava Diogo, sentado no banco, com o mesmo ar desportivo que sempre tem. Aproximei-me e ele levantou-se:
Inês: Estás há muito tempo à minha espera?
Diogo: Estou aqui há algum tempo, mas foi de propósito, não te preocupes com isso.
Inês: (sentando-me) Se queres que te seja sincera…
Diogo: Sabes que sim.
Inês: Eu vim para aqui, para o Algarve, porque os meus pais montaram uma empresa. Deixámos tudo. Família, amigos, deixámos tudo. Por um lado foi bom…
Diogo: Bom? Como é que uma coisa assim pode ser boa?
Inês: Eu tinha um namorado no Porto, namorámos 2 anos, e quando eu pensava que a nossa base era a confiança, e que não havia desconfianças e dúvidas, muito menos incertezas, ele deixou-se levar por mentiras. Acreditou que eu o tinha traído com outro rapaz, e achou que o mais acertado era fazer-me, o que supostamente ele achava que eu lhe tinha feito.
O Diogo permanecia quieto, e atento ao que eu lhe contava, e continuei:
Inês: Desde esse dia que deixei de acreditar que realmente existe amores verdadeiros, amores que nos fazem sorrir, que nos fazem sonhar, porque chega sempre o dia em que tudo isso se torna no pior dos piores pesadelos. E porque o único amor verdadeiro que sei que conheço é o dos meus pais por mim e pelos menos irmãos. Não me interpretes mal, Diogo. Não digo que a minha opinião não mude, porque talvez mude, não sei… Gosto muito de ti, só não sei de que forma, mas quero descobrir, apenas não quero que desistas, (agarrei-lhe a mão) não quero que desistas de mim.
Não se mexeu. Olhava para mim, seguia-me com os olhos, mas não se movia, e eu estava a ficar assustada, para o que ele me iria dizer.

12 comentários:
fico à espera da continuação*
Estou a adorar! :D
Que bonito!
Olaá (:
Obrigada por seguires +.+
Bom post, adoro!
beijinho*
MATA-ME ESTA CURIOSIDADE, PLEASEEE
e eu amei :b
Vou tentar, o problema é a falta de inspiração xD
Que lindos querida estou a ficar cada vez mais curiosa , estou a adorar :D
amo completamente esta história *-*
Gostei muito (:
Vou seguir *
Cada vez gosto mais, esta história está a viciar-me .
fico a espera da continuação +.+
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