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domingo, 4 de setembro de 2011

caminho para a felicidade!

Parte 23.


            Permaneci ali até ao fim do dia. Faltava apenas duas aulas e não era de meu interesse ali estar. Fui para casa, e meti-me no quarto. Apressei-me a ligar o computador e abrir o meu e-mail, pois precisava de enviar um texto para Marta, para lhe pedir se podia ir lá passar um fim-de-semana.
            Foi como se ela me tivesse ouvido, porque ao abrir o meu e-mail, ali estava um texto dela, que me tinha enviado à dois dias. Apressei-me a abrir, e dizia: «Olá, Nena. Antes demais quero dar-te os meus sinceros sentimentos em relação ao mais recente acontecimento, acredito que, por mais que o teu pai fosse parte de uma cicatriz que permanecia no teu coração, ele não te era indiferente, e consigo perceber como te sentes. Mas não te culpabilizes por isto. Isso é que não pode ser, porque até podias já nem estar chateada com ele, porque já passaram vários anos, mas não tiveste culpa e isso… é nisso que tens de pensar. A minha mãe disse que se quisesses podias vir aqui passar um fim-de-semana, já não estamos há bastante tempo juntas, e acho que nos ia fazer bem, principalmente a ti. Espero um resposta, em breve. Beijão. Amo-te muito.».
            Era mesmo deste tipo de palavras que precisava de ouvir. Era impressionante como já não falava com ela há bastante tempo e mesmo assim ela sabia perfeitamente como eu me sentia. Sempre foi assim, e era por isso que mantínhamos esta amizade de anos.
            Respondi-lhe: «Sempre me compreendeste da melhor das maneiras, melhor que ninguém. Sempre foi uma espécie de dom que te concederam, e ainda bem. Desculpa-me só ter respondido agora, mas a verdade é que não tenho tido cabeça para este tipo de coisas, é só escola-casa-escola-casa. Era mesmo isso que te ia pedir, se podia ir passar aí um fim-de-semana, para conversarmos, para matarmos saudades e relembrar-mos os velhos tempos. Por mim é já este fim-de-semana, basta falar com a minha mãe e comprar bilhete de comboio, é claro, se a tua mãe não se importar de todo aturar-me durante 3 dias. Depois dou-te uma resposta. Obrigada por tudo, desde sempre. Amo-te muito, Martinha.».
           
            Hoje não tinha aulas de tarde, então decidi ir correr para a praia. Vesti uns calções curtos, porque ainda era Setembro e no Algarve ainda havia temperaturas de 30 graus, vesti o meu biquíni por baixo e uma caviada.
            Os meus irmãos não estavam em casa, e a minha mãe estava a trabalhar, por isso não precisei de avisar ninguém que ia sair.

            Adorava correr na praia. Fazia-o sempre que podia no Porto, nas praias de Gaia. Mesmo no Inverno. É claro que, a minha mãe por vezes passava-se comigo por eu depois ficar doente, mas ela lá no fundo compreendia, porque já me tinha dito que quando era nova também adorava correr. No Algarve já tinha feito umas quantas vezes com o…
            Era a segunda vez hoje que ia contra uma pessoa. E por mais impossível que se parecesse, foi a mesma pessoa: o Diogo. Ele tinha caído e acho que se tinha magoado.
            Diogo: Ahhh, fogo.
            Inês: Desculpa, estava distraída com os meus pensamentos, e não te vi. Magoaste-te?
            Diogo: Acho que torci o pé (enquanto tentava mexer) Não consigo mexê-lo.
            Ajoelhei-me e peguei no pé dele.
            Inês: Está a começar a inchar. Eu ajudo-te, vens a minha casa para pores gelo no pé.
            Ele olhou para mim, mas desviou logo o olhar.
            Diogo: Não é preciso, acho que já está melhor. (tentou levantar-se, mas deve-lhe ter doído imenso porque queixou-se e sentou-se no chão).
            Inês: Realmente, estás muito melhor (dei uma gargalhada) Anda, que eu ajudo-te.
            Levantei-o e pus o braço dele à volta do meu pescoço e fomos andando.
            Inês: Desculpa, a sério. Ando mesmo despaçarada.
            Diogo: Deixa lá, estas coisas acontecem. (sorriu para mim e olhou outra vez para a frente).
            O resto do caminho o silêncio permaneceu. Nenhum de nós se limitou a dizer uma única palavra. Se calhar, devia meter conversa, mas decidi não o fazer. Era tão bom senti-lo outra vez junto a mim, podia estragar alguma coisa.

continua…
( espero que estejam a gostar destes capítulos,
acho que a inspiração anda a voltar.)

3 comentários:

Pat disse...

estou a adorar e completamente ansiosa pelo próximo!

samedi disse...

oh, de nada fofinha

frenzi disse...

bem filipa ,MUITOS PARABENS , não consigo parar de chorar , porque eu li desde a primeira parte ate agora e apesar de demorar imenso tempo adorei , ou melhor AMEI . tens um jeito enorme para isto , estou mesmo muito ansiosa para a proxima parte. Continua (L)