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sexta-feira, 8 de julho de 2011

caminho para a felicidade!

   (…) ligou-lhes rapidamente…
   No dia seguinte, acordei era meio-dia. Estava com uma dor de cabeça horrível e não me lembrava de nada do que tinha acontecido a partir do momento que entrei naquele quarto. Levantei-me a muito custo, e fui lavar a cara. Não se ouvia barulho em casa, o que achei muito estranho, desci para ver se alguém estava lá, mas não. Pensei que talvez tivessem ido dar um passeio, e fui tomar banho para ver se a ressaca passava e aquela sensação estranha também.
   Decidi que, depois do banho, ia ligar à Mafalda para falar com ela sobre o que se tinha passado ontem, porque, se tinha feito alguma coisa de mal, eu não me lembrava. Depois de ter tomado banho, fui procurar o meu telemóvel, e não o encontrava. Então, fui a casa dela.
   Mãe da Mafalda: Ó, filha, já soube o que se passou. Lamento imenso.
   Inês: O que se passou?! Não estou a perceber…
   Mafalda: Podes subir, anda…
   Não me pareceu muito contente, e também pareceu que não tinha dormido muito, tal como eu. Abriu o roupeiro e começou a arrumar um monte de roupa que devia ter sido passado a ferro ontem. Nem uma única palavra.
   Inês: O que se passa? Porque não me falas? O que queria a tua mãe dizer com aquele «lamento imenso»?
   Mafalda: Tu por acaso já ligaste à tua mãe? Já falaste com ela hoje?
   Inês: Não, eles não estavam em casa, pensei que tinham ido todos dar uma volta.
   Mafalda: Nena, por favor, a tua mãe nunca foi de dar passeios. Ontem, estavas num estado lastimável, que nem me quero lembrar das figuras que fizeste em casa da Sónia, estou muito desiludida contigo…
   Inês: Eu não me lembro de nada (disse, baixando a cabeça)
   Mafalda: O que é normal, visto que bebeste um número de shots e cerveja enorme… Bem, avante. Chegámos a tua casa e pareceu-nos que ninguém lá estava, achámos tudo muito estranho, parecia que algo tinha acontecido. Fui ajudar a tua irmã Liliana a deitar-te e fomos ao quarto dos teus pais, para os avisar que já tínhamos chegado… Só que… Eles não estavam lá, e como a Lili não tinha bateria, decidimos pegar no teu telemóvel.
   Inês: Por isso é que eu não o encontrei… Mas o que aconteceu? Porque é que eles não estavam em casa? Ai… (deu-me uma dor na cabeça, devido à ressaca) Diz-me.
   Mafalda: Então, ligámos à tua mãe. Ela demorou bastante tempo a atender, uns bons 10 minutos, mas não desistimos, porque já estávamos preocupadas. Ela acabou por atender, e deu-nos uma notícia… Não sei se te agrada ou não, devido à tua história, mas a verdade é que é realmente grave…
   Inês: Grave? Conta-me logo…
   Mafalda: A tua mãe disse-nos que o teu pai… (fez uma pausa, e sentou-se a meu lado, e agarrou-me a mão)… que o teu pai tinha tido um AVC.
   Sem saber porquê as lágrimas começaram-me a escorrer pela cara. Vi as imagens do meu acidente, revi toda aquela história, todos aqueles momentos que passei no hospital, e todo este tempo que não perdoei o meu pai. Dei por mim completamente chocada, a olhar para a Mafalda, com a cara lavada em lágrimas que não se cansavam de cair.
   Mafalda: Saímos logo a correr de tua casa. Nem sequer te acordámos porque sabíamos que não ias acordar, devido ao estado zen que te encontravas. Passei a noite no hospital com a tua mãe e os teus irmãos. O teu pai está mal, nos cuidados intensivos, os médicos duvidam das hipóteses que ele tenha para sobreviver. Ainda assim a tua mãe tem esperanças, e ficou triste quando lhe contámos aquilo que tinhas feito na festa e no estado que vieste para casa. Não tivemos outra hipótese, nem outra desculpa para lhe dizer que não tinhas ido dar apoio. Não chores, Nena!
   Estive um tempo em silêncio, enquanto ela agarrava a minha mãe e me limpava as lágrimas.
   Inês: Desculpa, Mafalda! Tenho de ir. Obrigada por tudo.
   Saí a correr de casa dela, e nem lhe dei tempo para me impedir. Tinha de ir ter com o meu pai, tinha de lhe dizer que o perdoava, tinha de lhe dizer que fazia parte da minha vida. Apanhei um táxi, e só consegui dizer para me levar para o hospital mais perto, que no momento não me lembrei do nome.
   Cheguei e fui até à enfermeira, disse-lhe o nome do meu pai e ela encaminhou-me para o quarto andar. Subi as escadas a correr, e não sentia o cansaço. Entrei por um corredor, e de repente, tudo aconteceu em câmara lenta. Via a minha mãe agarrada à minha irmã Liliana, e o meu irmão sentado a chorar. O pior tinha acontecido, e eu, eu que sempre o julguei por nunca ter estado presente. Agora a culpada era eu e ainda era mais grave do que ele me tinha feito.
   A minha mãe viu-me e veio até mim e abraçou-me.
   Inês: Desculpa, mãe. Desculpa não ter estado presente, desculpa. Desculpa! Desculpa! Desculpa!
  Mãe: Não, filha. Ninguém previa…
   Inês: Desculpa, desculpa, mãe. Desculpa, desculpa, desculpa (…)

continua (…)
(dos últimos capítulos)

5 comentários:

Rita disse...

juro que adorei!

Kamryn. disse...

eu adorei , esta parte , deixou-me, de olhos brilhantes, e uma lágrima saltou do meu olho, eu amo esta história, continua rápido "*

Anónimo disse...

Ele morreu?! :/

Anónimo disse...

A sério? Bah.
Oki querida, fico a espera então :p

Anónimo disse...

A sério? Bah.
Oki querida, fico a espera então :p