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quarta-feira, 8 de agosto de 2012

caminho para a felicidade!


(Não sei se ainda se lembram da minha história, provavelmente não. Espero que a acabe brevemente)
Parte 24

Acabámos por chegar a casa, e sentei-o no sofá e pousei o pé dele numa almofada.
Diogo: Au, cuidado!
Inês: Que menina que me saíste! (risos) Vou-te buscar gelo, espera!
...
Inês: Toma!
Sentei-me ao lado dele. Acho que não estávamos assim há cerca de uns meses. Era bom estar outra vez ao lado dele, sempre me senti super bem ao lado dele. Não o esqueci! A verdade foi que andei demasiado ocupada para pensar nisso.
Diogo: (suspiro)
Inês: Ainda dói?
Diogo: Ná, achas mesmo? O pé está uma batata porque a gordura foi toda para lá. (sorriu para mim) Como estás?
Inês: Acho que já te respondi a isso hoje, não foi?
Diogo: Respondes-te o que respondes a toda a gente. Eu quero a verdade.
Inês: A verdade, Diogo? É mesmo o que tu queres? Porque da última vez que te disse a verdade, pediste-me que não dificultasse as coisas.
Ele baixou a cabeça.
Inês: Bem me parecia...
Diogo: Não, Inês! Fala comigo. Sabes que estou aqui. E se não gostar, a única coisa que posso fazer é tapar os ouvidos, porque sair a correr não é propriamente a melhor opção. (apontando para o pé)
Eu sorri.
Inês: A verdade é que me sinto em baixo. Sinto-me sozinha, como se me tivessem tirado o chão que eu piso, e eu estivesse todos os dias a cair para um buraco negro, sem pontos de saída. Sinto falta dele. Sinto que lhe devia ter dado uma oportunidade, tal como me avisaste para dar. Mas eu fui demasiado orgulhosa. De um momento para o outro perdi tudo. Irónico como num momento podes pensar que tens tudo, e parece que a vida faz questão de te mandar para baixo. E para além de sentir a falta dele, sinto a tua falta...
Ele desviou a cara. Estava provavelmente a sentir-se culpado por ter seguido em frente tão rápido, como estava óbvio que eu continuava ali, sem saber o que fazer, com medo de enfrentar a vida.
Inês: Mas tu já seguiste em frente, como já deu para reparar. E isso magoa-me, entristece-me ainda mais. Sentir a tua falta, e tu não sentires a minha. Foi fácil? 
Sentia as lágrimas a quererem sair, e o esforço que fiz para as manter, foi em vão, porque pouco depois as lágrimas escorriam-me pela cara.
Diogo: Inês, não foi uma questão de seguir em frente. Ou talvez tenha sido. Eu estava magoado, nunca pensei que fosses capaz de fazer tal coisa.
Inês: E não pensaste que talvez precisasse de ti quando soubeste o que me tinha acontecido? Não sei se te lembras mas eu procurei-te quando aconteceu aquilo à tua irmã. E tu?
Diogo: Eu compreendo o quanto frustrada tu estás... Mas...
Inês: Frustrada? Eu não estou frustrada. Alias, eu nem sei como estou! E tu não compreendes. (comecei a ficar nervosa e levantei a voz) Seguiste a tua vida tão rápido. Arranjaste outra tão rápido.
Diogo: Eu precisava de te esquecer. Mantive-me em casa durante quase um mês, sem sair, sem falar com ninguém, depois do funeral. Sentia-me culpado por estares mal e eu não estar do teu lado, a abraçar-te. Estive imensas vezes para te mandar mensagem ou ligar-te, mas o orgulho era mais forte, compreende isso. Ela é só uma rapariga com quem tenho saído, não temos nada de sério. (elevou um pouco a voz)
Inês: Compreendo como tu me compreendeste?
Diogo: Não vale a pena. Tu não compreendes. Estás demasiado preocupada com aquilo que sentes, aquilo que tens, e aquilo que estás a sofrer, e esqueces-te que isto tudo, a tua vida está assim porque tu a transformas-te assim! (elevava a voz cada vez mais) Estás-te a deitar na cama que fizeste. Tentaste sempre fazer tudo perfeito, ser a rapariga perfeita, mas a máscara caiu, estás na miséria por tua causa.
Inês: (calmamente e a chorar) Inês: Confesso que me senti bem por estar de novo contigo (levantei-me) Mas ao ouvir-te dizer essas coisas faz-me arrepender de ter pensado que talvez pudessemos voltar a ter algo. (abri a porta) Por favor, sai!
Diogo: Mas eu não consigo andar...
Inês: Não me interessa (gritei) Sai da minha casa, JÁ! Não te quero aqui! Sai, sai, SAI!
Ele demorou um pouco a sair, mas mal saiu, bati a porta e fui para o meu quarto! Gritei, chorei, desfiz a cama, atirei coisas para o chão. Estava muito perturbada por todas as coisas que ele me tinha dito. Fechei a porta às chaves e sentei-me no chão.

(lamento a demora, confesso que já tinha umas saudades disto.
estou com várias ideias para o final. espero que continuem a segui-la)

3 comentários:

samedi disse...

de nada :)
O tema é o "simples" do próprio blog, eu é que o personalizei/modifiquei ao meu gosto.
Quanto à história, acredita que já estive para te mandar um comentário a perguntar se ias continuar ou não. Tenho que confessar que está tão forte; parece mesmo real. Escreves tão bem, e anseio pela próxima parte! beijinho*

Stefanie Fernandes disse...

ao tempo ! :o

Stefanie Fernandes disse...

ao tempo que não visitava este blog também.
esta história tem tanto tempo , tive de reler, e oh *.* continuo a adorar (: